Ventando sem limite de caracteres.

Não me chamam de furacão à toa.Sou intempestiva,agito discussões,falo o que penso.Não sei resumir,porque tudo pra mim é importante.
Este blog é onde posso escrever o que penso sem limites de caracteres.
Não esperem ventanias a todo momento...sabem como são os furacões...sazonais. ;)

Este farol do fim do mundo avisa:a qualquer momento pode vir ventania por aí.

VRUUUUUUUUUUUMMMMMMMMMMMM!!!!!!!!!!!!!!!



Sejam bem vindos.
Abraços.





domingo, 2 de junho de 2013

A perseguição do bolo de limão

Um inusitado acontecimento que mostra que não somos somente nós que corremos atrás das coisas que queremos,de nossos desejos,mas que também eles é que podem nos perseguir pra se fazerem reais. Que estranha força é essa,o que está por trás disso? Numa certa manhã,fiz algo que não costumo fazer quando estou prestes a sair pro trabalho,ligar a tv. Entre informes políticos e condições do trânsito,vem o intervalo com uma imagem que chego a dizer que me enfeitiçou. Dizia que logo mais num certo programa feminino, viria a receita deste bolo( que até então pra mim era só uma imagem,mas não precisou mais do que isso,era hipnotizante).Sim eu iria perder ,mas do que lembro de programar a tv pra gravar já havia chegado ao trabalho,sem dramas,nada que depois com tempo não se ache na internet. Dias passaram e de repente ele me veio à mente,de uma forma tão forte e intensa quanto uma disparada de aves ao céu. Abri o computador só pra achar essa receita,alguns minutos e lá estava ela. Um bolo curioso onde não vai açúcar e sim rapadura. Onde vou achar rapadura uma hora dessas?rs Me desinteressei de vez quando li sobre ralar limões. Afinal era só um bolo,não um objetivo importante a ser concluído. Mas eu é quem achava que aquilo era o fim. Os dias passavam e ele me vinha à mente a todo instante,como um fantasma a me assombrar. Como se o bolo me dissesse:eu quero me tornar real. Uma paranoia,uma perseguição,era exatamente o que acontece quando quero algo,mas com os papéis invertidos .rs Certo dia,arrumando os armários da cozinha, eis que encontro uma rapadura há tempos esquecida e quase vencida(não tive dúvidas)se isso não era um sinal era praticamente eu de fronte a gigantesca luz de um farol !!! Já sei teu destino rapadura! Pulei feito um raio da escadinha,cacei a receita,imprimi,só faltava a linhaça e o iogurte natural. Ontem ,eu as dez da noite era a própria cara da persistência ralando os cinco limões. E´ um quitute rápido e prático. Só o considero de sabor acentuado,culpo a rapadura que não deve ser legítima,pois não era dura feito pedra e doce,doce,doce. Ou sendo menos cética,não é de se estranhar que seja de gosto forte e intenso,pois a idéia (mesmo que inconsciente) de o tornar concreto foi exatamente assim. E não era ele quem me perseguia,mas eu mesma. Moral da estória:podemos ser persistentes em nossos desejos mesmo que inconscientemente. Pra quem se interessar a receita é esta,mas cuidado pra ela não te perseguir. Abraços. Bolo de limão Ingredientes: suco e raspas de 5 limões (480 g) 1 colher (sopa cheia) de rapadura (25 g) 3 ovos ½ xícara (chá) de rapadura picada (100 g) 1 ½ xícara (chá) de farinha de trigo peneirada (185 g) 2 pitadas de sal 1/3 xícara (chá) de manteiga derretida (75 g) ½ xícara (chá) de iogurte natural (125 g) 1/3 xícara (chá) de semente de linhaça (40 g) 1 colher (sopa) de fermento em pó (5 g) Calda de limão e rapadura 280 g de rapadura picada 1/3 xícara (chá) de suco de limão ¼ xícara (chá) de água MODO DE PREPARO Em uma panela, em fogo baixo, coloque suco e raspas de limão e a rapadura e vá mexendo de vez em quando por cerca de 20 minutos ou até engrossar. Retire do fogo e reserve. Na batedeira coloque ovos, rapadura picada e bata bem até formar uma mistura esbranquiçada por aproximadamente 10 minutos. Coloque farinha de trigo peneirada, sal, manteiga derretida, iogurte natural, a calda de limão (feita acima) e bata bem por 10 minutos. Desligue a batedeira e adicione semente de linhaça, fermento em pó e misture bem até formar uma massa homogênea. Despeje a massa para uma assadeira retangular (23 cm X 10 cm X 10 cm de altura) untada com manteiga e polvilhada com farinha de trigo. Leve ao forno médio pré-aquecido a 180°C por 30 minutos. Retire do forno e deixe esfriar. Desenforme e sirva em seguida com calda de limão e rapadura. Calda de limão e rapadura Em uma panela coloque a rapadura picada, suco de limão e água e leve ao fogo médio até derreter. Retire do fogo e deixe esfriar. Sirva em seguida. RENDIMENTO 12 porções Reprodução Site Mais Você

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Reestreia do musical New York,New York em São Paulo.




Pra quem não sabe o musical New York,New York é um delicioso passeio pela época de euforia que acometeu os EUA no pós guerra,enquanto narra os encontros e desencontros da cantora Francine com o saxofonista Johnny.
As músicas são um deleite aos ouvidos, pincelam com maestria a cada cena.
Verdadeiras pérolas dos anos 30 a 50 não foram versionadas ,o que até concordo ,pois creio que perderia parte do charme.
Com cenários dinâmicos, projeções e efeitos de luz somos capazes de mergulharmos nessa época.
Sax Tenor e o sapateado são presenças constantes no musical e prestem atenção especial em Christiane Matallo, um show à parte conseguindo espetacularmente fazer as duas coisas ao mesmo tempo!
Versatilidade é com ela mesma.
A orquestra é ótima, assim como o coro, entrosado o suficiente dando todo um brilho com suas performances.
Já falar de Kiara Sasso é complicado porque não encontro mais palavras à altura para descrever o que é essa voz.
Mas(só pra ilustrar) pra quem não a conhece: ela é uma daquelas atrizes que é capaz de fazer você que está odiando em somente estar em um teatro, sair absolutamente maravilhado com o que acabou de ver e ouvir.
E desta vez em New York,New York,só faltou voar.
De uma leveza ímpar ,deu à sua personagem a sutileza dos movimentos ,a elegância que ela pede.
A cada música é segurarmos na cadeira ansiosos em descobrir o que será agora, porque lá vem A VOZ.
De uma música a outra vai do grave ao agudo, faz parecer tudo muito fácil.
Dessa vez houve até voz negra!
Particularmente gostei muito da cena quando,após o parto no hospital,Francine despede-se de Johnny para nunca mais,mesmo o amando, sabe que ele é um verdadeiro atraso em sua vida.
E na música mais icônica do universo sobre New York interpretada magistralmente pelo imortal Frank Sinatra foi que Kiara fez vir abaixo todo aquele teatro numa chuva de palmas.
Numa energia tal como há muito não via.
É um musical sóbreo,dinâmico,sem pirotecnias,efeitos de babar ou cenários deslumbrantes que muitas vezes são recursos eficazes quando se quer mascarar a falta de talentos no palco.
Assim,em NY,NY podemos justamente prestarmos uma atenção maior no fator humano que ali nos apresenta.
Só um PS pra galera que gosta se saber o que tem na lojinha ,tem caneca ,botom (não lembro os valores),mas o programa é cinco Reais e a camiseta, vinte.
Lembrando que o musical está em curta temporada,até o dia 7 de outubro,no teatro Sérgio Cardoso,rua Rui Barbosa,153,Bela Vista,ao valor de R$ 40,00.
Sessões as quintas,21; sextas,21h30; sábados,17h e 21h e domingos as16h.

Não deixe de conferir.
;)











sábado, 3 de março de 2012

Uma boa lição numa sala de xerox.


E lá vou eu por aquele desconhecido e longo corredor de paredes brancas e um granito polidamente impecável.

Mais informal impossível,trajando blue jeans,blusa descolada e sandálias pra combinar com o calor daquela tarde.

De pasta na mão,portas e mais portas passavam por mim.

Me senti uma jovem universitária em meu primeiro dia de aula,perdida naquele lugar novo a procura da sala do xerox.

Última porta à esquerda(disseram-me).Porta que nunca chegava.

E quando finalmente a achei.

Muito pouco se parecia com uma simples sala de xerox.

Haviam homens distintamente trajados com ternos impecáveis, uns ao celular,outros nos computadores em rede.

Na grande mesa negra,três mulheres a conferir seus calhamaços de papéis formalmente trajadas.

Atrás de um balcão uma máquina fazia barulhos confirmando que não estava errada,aquela era a sala certa.

Mais a cima na parede as iniciais OAB.

Senti um constrangimento tamanho pelos meus trajes casuais,e mesmo assim adentrei à sala com um só pensamento:espero que os distintos aqui não pensem que sou colega de profissão.

O melhor de tudo foi saber que o constrangimento era apenas meu,pois(para meu alívio) notei que nem se quer notaram minha presença,talvez seja a sorte de estar numa cidade onde ninguém está nem aí como as pessoas se vestem,ou porque estavam bem ocupados de fato.

Moral da estória:não sejamos tão exigentes com nós mesmos ao nos vestirmos.

Estávamos bem ao sairmos de casa e não importa a situação devemos continuar nos sentindo bem não importando se vão reparar ou não.O que importa somos nós e não o que os outros pensam.

Difícil ser assim ,o jeito é praticar.

domingo, 29 de janeiro de 2012

War Horse por Steven Spielberg.



Ousadia pouca é bobagem quando trata-se do mestre dos filmes de ação/ficção.
Espantei-me ao saber de seu nome envolvido neste drama comovente.
Foi às lágrimas que Spielberg saiu do teatro ao ver a montagem londrina decidindo torna-lo filme.
Desafio em fazer algo totalmente diferente do costumeiro? Talves,mas acredito mais na sua paixão por fazer algo que só acredita que realmente vale a pena se tocar o coração das pessoas.
E foi assim que o mestre verteu para o cinema uma estória que a princípio é parecida com tantas outras.
De novo a estória de um garoto e seu cavalo.
O diferencial é que temos Spielberg desta vez.
Ele não dá ao animal aquele excesso de personalidade humana ridicularmente patética que chega a nos irritar,e sim o trata com uma competência ímpar de nos revelar sua irracionalidade mas ao mesmo tempo seus sentimentos animais.
É no equilíbrio que acerta.
Aborda amizade,lealdade,compaixão,muitas vezes esquecidos no cotidiano, e aqui revelados de forma dura,na atmosfera da guerra,justamente pra refletirmos.
O filme é isso,cenas fortes,duras,cruéis(pessoas saiam da sala)e em meio,sentimentos tão nobres.
Resisti bravamente às lágrimas até a cena em que o cavalo vendo que seu amigo equino não aguentaria subir a montanha com um canhão,(o que custaria-lhe uma bala na cabeça)oferecesse para tal sacrifício.
Até onde você iria por um amigo?Seria capaz de carregar-lhe sua cruz?
O filme nos encosta na parede e pensamos naquela meia dúzia de pessoas a quem realmente somos leais e respondemos de imediato:sim.
A partir de então,baldes e mais baldes de lágrimas.
Na cena final,com um “Q” de E o Vento Levou...(céu alaranjado no pôr do sol)arrebateu-nos o coração e fomos às palmas emocionadíssimos.
Spielberg é o gênio que soube trazer às telas a mais pura emoção do teatro.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Corrente da leitura

Surpresa pra quem passou esta semana pela estação Tatuapé da CPTM.Podendo conferir o projeto Livro Livre(corrente da leitura) leia e passe a diante.Onde interessados poderiam levar livros novos ou usados(Biblioteca CPTM Mário Covas),com o compromisso de ler e depois o libertar em alguma estação ou trem.Haviam vários títulos da literatura portuguesa como Os Luzíadas,de Camões,além de Eça de Queiroz,José de Alencar,Machado de Assis entre outros.Voltei no tempo os vendo,pois era leitura obrigatória pro vestibular,fiquei em dúvida qual levaria.Uma última passada de olhar e lá estava ele:uma coleção de contos de Artur Azevedo.Muito boa a iniciativa.
Já no primeiro conto de Artur Azevedo,uma estória e tanto:De cima para baixo sobre superiores culpando seus subalternos por um erro.Adivinhem quem pagou o pato? O final emocionou-me,triste,de uma inteligência ímpar.Pra quem quiser conferir segue link: http://www.releituras.com/aazevedo_cimabaixo.asp

domingo, 2 de outubro de 2011

Musical Mamma Mia 01/10/11

Pra galera que curte musicais,aqui vai meu pequeno comentário apenas como alguém do público.
Retornei ontem ao Mamma Mia.
Atualmente o que posso dizer é que minha relação com esse musical é estranha.Há cenas que amo de paixão,ou por me alegrarem demais ou por chorar litros.E outras cenas que não aguento mais ver.
A surpresa da noite ficou por conta de Ricardo Nunes como Sam.
Relembrando:ele interpretou Simon em Jekyll & Hyde.
Ricardo é jovem e não esperava o contrário,pareceu irmão de Sophie,apenas um pouco mais velho.
Aqui vai a bronca:a produção nem pra dar uma tingida de branco tornando cabelos e barba grisalhos pra ajudar na composição.Quanto a voz, poderiam dar mais retorno ao microfone.
Mas em suma,a voz de Ricardo agrada e ele não passa a imagem de um Sam prepotente e superior.Pra sua primeira vez em cena,não observei nenhum deslize,notei apenas no início,certo nervosismo o que é absolutamente natural.
Muito boa a surpresa em ver uma outra interpretação de um mesmo personagem.
Uma coisa nada haver,que fiquei pensando numa segunda montagem daquele meu famoso musical,eu o escalaria pra Raoul sem medo de errar!
Como Tanya,Heloíza de Palma fez bem,gostei mais dela assim do que como Donna.
Bronca N° 2 : Ontem o público estava um porre!!!Não se esforçam nas palmas e não levantam pra cantar/dançar no final.
E o troféu "Descobrimento da América" vai pra mim,pois finalmente descobri como Donna surge na cama em Under Attack.rsrs
Abraços!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

WICKED BROOOOOOOADWAY fica no CHI-NE-LO quando se vê o voo das Bruxas de Eastwick.



Foi com essa frase na cabeça que saí do teatro no domingo passado dia 14,estreia do mais novo musical da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho.
Enfeitiçado era o título na capa do Guia Folha com Eduardo Galvão na sexta dia 12,mas até então não havia entendido tal sutileza da capa.
Musical com bruxas onde elas voam já vi e não achei tudo isso,mas param por aí as semelhanças.
A estória vocês já sabem:três encalhadas numa cidadezinha onde nada acontece desejam ardentemente que lhes surjam todos os homens num só.Sem saber acabam evocando o demoníaco Darryl.
O musical começa bem,mostrando a que veio.
Mas achei parada a parte da apresentação das três amigas,muito blá,blá,blá e etc.Mas retoma o ritmo não deixando a peteca cair.
Fafy Siqueira como Felícia está impagável! É a cara da Hebe Camargo na caracterização.
Faz uma megera rabugenta,ranzinza mas me conquistou,quando entrava em cena roubava minha atenção,está hilária,adorei sua atuação.
Eduardo Galvão precisa soltar-se mais quando o assunto é cantar,mas é questão de tempo,totalmente compreensivo. A maquiagem abaixo dos olhos formando uma meia lua vermelha em cada olho está perfeita pra caracterização.

Na atuação ele faz caras e bocas que dão medo. É sedutoramente maligno,está muito bem no papel.
Não economizaram nos efeitos pirotécnicos,assim como…
…minha nossa!!!Muitas periquitas a escapar!
Pra quem não entendeu,achei exagero tanta perna feminina aberta,mas com o passar do musical pararam com isso.
É importante frisar que é um musical com umas sacadas(piadas)ótimas.
Colocaram propositadamente o mordomo Fidel (Ben Ludmer) e a garotinha (Larissa Manoela/ Isabella Moreira) com figurinos lembrando os da Familia Adams(já fazendo merchan)rsrs
Ri horrores quando uma das bruxas (Renata Ricci) já de saco cheio da garotinha grita enfurecida"quem você pensa que é?!Elenco de apoio da Família Adams???!!!
E a cena em que queimam sua rosa branca ficando torrada é muito engraçada.
Sem contar a vela que sem mais nem menos sai inteira da boca de Fidel onde ele acende e simplesmente fica parado com cara de non sense.rsrs
Pra vocês terem uma idéia esses dois personagens falando quase nada e não aparecendo tanto assim foram os responsáveis por metade das risadas que dei durante o musical.Personagens curinga.Muito bem inteligente suas criações.
E quando já estavamos totalmente rendidos aos encantos de Eastwick eis que vem a cena do voo.
Descem uns cabos de aço do teto e técnicos à penumbra preparam as atrizes para alçar o teto,ou melhor…o céu.
Perde parte do encanto,pois vemos como acontece,mas entendo que não teria como ser surpresa.
Não sei se seria possível descer vassouras disfarçando o assento,fazendo com que houvesse a impressão de que voassem em cima delas.Na prática não sei se daria certo.
Mas a cena aliada à música,às luzes esverdeadas tomando todo aquele teatro torna-se mágica.
Ao vermos aqueles três seres humanos desafiando a gravidade parecendo leves borboletas esquecemos de tudo.O teatro simplesmente saiu de um silêncio profundo à palmas, gritos ,ficamos pasmados.Sem dúvidas o ápice do musical.
O final a lá “me enganaste, eu te segui cega” se assemelha ao musical O Fantasma da Ópera(difícil um musical que não me relembre ele) quando neste assim como aquele,ao perceberem o quão maligo é Darryl as bruxas o deixam e a população da cidade resove vingar-se.
Nesta sessão Maria Clara Gueiros não participava,mas gostei muito de Germana Guilhermme sua substituta.
É mais um motivo pra retornar,além do que,preciso ver com a fofa da Larissa Manoela ( minha eterna noviçinha).
É bem verdade que não me encantei pelas músicas, meu deslumbre foram as interpretações dos chamados coadjuvantes,as piadas,e tiradas cômicas.
Enfim,pra mim As Bruxas de Eastwick é assim.
Venha você também descobrir o que tem dentro do caldeirão dessas bruxas.
E sim,nossas bruxas desafiam muito melhor a gravidade do que as bruxas de lá.
Abraços.